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JULIO SHIMAMOTO

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Ilustrador, diretor de arte, artista plástico e legenda dos quadrinhos brasileiros, Julio Yoshinobu Shimamoto nasceu em Borborema, interior de São Paulo, em 1939. Shima, como é conhecido profissionalmente, desenvolveu sua vocação artística em tenra infância, no isolado sítio de seu pai, rabiscando no chão com gravetos. Conseguiu seu primeiro emprego de desenhista no departamento promocional da empresa multinacional “Sears, Roebuck & Co.” (Lojas Sears). A partir daí, sua carreira decolou e Shima nunca mais abandonou os pincéis.

 

Julio Shimamoto produziu ilustrações para livros didáticos, desenhou capas de revista, lançou histórias em quadrinhos e tornou-se diretor de arte nos departamentos de criação de agências de publicidade nacionais e internacionais. Colecionou prêmios tanto na publicidade quanto nos quadrinhos e desenvolveu storyboards para comerciais de TV e cinema.

 

Nas histórias em quadrinhos brasileiras, Shima deixou uma marca indelével, tendo participado ativamente de todos os movimentos e cenários da área nas últimas cinco décadas. Com seu traço denso e inconfundível, passou por praticamente todas as editoras do país: La Selva, Taika, Outubro, Ebal, Noblet, Folha de São Paulo, Ática, Editora do Brasil, Cooperativa Editora e de Trabalho de Porto Alegre, Vecchi, Grafipar, Abril, D-Arte, Press, Maciota, Record, Globo, Bloch, Via Lettera, Devir, Marco Zero, Novo Mundo, Escala, Nova Sampa e Opera Graphica. Pertencente a uma geração de grandes nomes dos quadrinhos de terror (um dos gêneros mais importantes e representativos das HQs nacionais), Shima foi o grande homenageado do 5º Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte (FIQ) em 2007.

 

Ultrapassando os 70 anos de idade, Julio Shimamoto segue em plena atividade, envolvido em projetos autorais e produzindo quadrinhos e ilustrações de modo absolutamente experimental. Recentemente, desenvolveu uma técnica onde aplica uma camada de tinta sobre uma peça de cerâmica para depois desgastá-la utilizando objetos pontiagudos. As imagens surgem em negativo, numa inovação do estilo claro-escuro. 

 

Ambientes soturnos, tramas policiais e atmosfera noir sempre foram a principal tônica do trabalho de Shima. Sua participação como artista conceitual do projeto CIDADE SOMBRIA é motivo de orgulho para todos nós.

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